sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O Encontro Inesperado - Zibia Gasparetto (Lucius)

O Encontro Inesperado
Zibia Gasparetto pelo espírito de Lucius
Editora Vida & Consciência
2013
419 pag

Sinopse: Em um relacionamento amoroso, uma mulher exigente e intratável, ciumenta, apegada, sufocou o companheiro que, depois de sete anos de convivência, não suportando mais, saiu de casa. Ela tentara o suicídio uma vez e ameaçava faze-lo de novo caso ele não voltasse.
Os pais dela a julgavam fraca e queriam protege-la, mas a vida os impediu de socorrê-la. Quando todos pensavam que aconteceria o pior, a vida intercedeu a seu favor.
Três irmãos - Franco, Gisele e Carlos - surgem nesta história e os fatos começam a mudar. Então aconteceu O Encontro Inesperado.
 
 
Autor: Zibia Gasparetto, de ascendência italiana, casou-se aos 20 anos com Aldo Luiz Gasparetto, com quem teve quatro filhos, entre os quais o apresentador de televisão Luiz Antonio Gasparetto.
Zibia conta que, em 1950, já mãe de dois filhos, teria acordado certa noite com um formigamento no corpo. Em seguida, teria se levantado e passado a andar pela casa como um homem, falando em alemão, idioma que desconhecia. O marido, surpreendido e assustado, recorreu ao auxílio de uma vizinha, que, ao chegar à residência da família, teria feito uma oração capaz de restabelecer Zibia. No dia seguinte, Aldo Luiz dirigiu-se a uma livraria, onde adquiriu O Livro dos Espíritos. Juntos, teriam começado a estudar a Doutrina Espírita.
Aldo Luiz começou a frequentar as reuniões públicas da Federação Espírita do Estado de São Paulo, mas Zibia não tinha como acompanhá-lo, pois não tinha com quem deixar as crianças. Semanalmente, entretanto, faziam juntos um estudo no lar, período em que a médium diz que principiou a sensação de uma dor forte no braço direito, do cotovelo até a mão, que se mexia de um lado para o outro, sem que ela pudesse controlá-lo. Aldo Luiz colocou-lhe um lápis e papel à frente. Tomando-os, Zibia teria começado a escrever rapidamente. Ao longo de alguns anos, uma vez por semana, foi psicografando desse modo o seu primeiro romance, O Amor Venceu, assinado pela entidade denominada Lucius. Quando datilografado e pronto, a médium encaminhou o trabalho a um professor de História da USP, que, à época, dirigia um grupo de estudos na Federação Espírita. Mas só quinze dias mais tarde veio a resposta, na forma de aviso sobre a escolha da obra para ser publicada pela Editora LAKE.
Atualmente, a médium diz escrever pelo computador, quatro vezes por semana, em cada dia uma obra diferente: consciente, declara ouvir uma voz ditando-lhe as palavras do texto.
 
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Bem, esse livro foi um presente junto com outros 5, também espiritas, que ganhei e iniciei a leitura por esse, portanto, não sabia o que esperar, e também não sei muito bem a veracidade dos processos ensinados, contudo, vamos ao sentido, a mensagem principal.
Os três irmãos, Franco - Gisele - Carlos, perderam os pais em um acidente de carro há mais de cinco anos, e a partir de então, se uniram e vivem juntos, enfrentando as dificuldades da vida. Nesse tempo, Gisele e Franco, desenvolvem afinidades com o espiritismo, estudam o assunto, e procuram fazer o bem em sua volta.
Eis que surge na história, a família de sua tia, que tem um filho casado com uma mimada problemática, entrando em cena também a família dela, os pais dela.
A história se desenvolve com o cansaço do marido em aturar as loucuras da esposa e sai de casa, e tudo aparentemente vira de cabeça para baixo, mas ao mesmo tempo a vida dessas pessoas começam a se transformar com a ajuda de Franco e Gisele.
Acredito que a mensagem principal está na superproteção dos pais dela (Miriam), não deixando que a filha viva sua própria vida, e faz todas as suas vontades, resolve todos os seus problemas, e cobra do marido dela (Ivo) que faça a mesma coisa.
Os poucos espíritos e os irmãos Gisele e Franco, sãos os principais a afirmar sobre esse protecionismo, sendo um problema que deve ser enfrentado por todos, aceitando que precisa de ajuda e superando as dificuldades.
A evolução de Miriam é bem interessante, e o leitor entende essa mensagem como a principal.
O restante das informações do livro, são sobre alguns procedimentos e ensinamentos do espiritismo, o que não posso dizer muita coisa, por não conhecer a fundo.
A obra em si, é de fácil leitura, rápida, com diálogos frequentes, cenas rotineiras e com um final romântico.
 
 

Nove Dragões - Michael Connelly





Nove Dragões
Michael Connelly
Ponto de Leitura
2014
476 pag

Sinopse: Kowloon (que significa "nove dragões"), a região mais populosa de Hong Kong, é o cenário do retorno à ação do detetive Harry Bosch, personagem mais popular de Michael Connelly.
Bosch e seu parceiro, Ignacio Ferras, seguem a pista do assassino do Sr. Li, dono de uma loja de bebidas num gueto de Los Angeles. David Chu, policial de origem chinesa com experiência junto às gangues de imigrantes asiáticos da cidade, é chamado a colaborar - e, de fato, uma quadrilha com ramificações do outro lado do oceano parece estar envolvida no crime.
De repente, um telefonema ameaçador e uma mensagem em vídeo fazem com que o caso se torne pessoal para o detetive: as imagens foram registradas em Hong Kong, e quem aparece nelas é Meddie, a filha dele que mora lá com a mãe, Eleanor. Ela foi sequestrada, a polícia local não deu muita importância e o pai não tem escolha senão pegar o primeiro avião. Forçado a agir fora do ambiente que conhece para salvar a filha, Bosch protagoniza uma trama com elementos trágicos e reviravoltas surpreendentes.
 
Autor: Michael Connelly decidiu ser escritor depois de descobrir a obra de Raymond Chandler na faculdade. O autor trabalhou como repórter policial por mais de dez anos e usou a experiência na cobertura de crimes para criar tramas e personagens que não saem das listas dos livros mais vendidos nos Estados Unidos. Saiba mais sobre ele em www.michaelconnelly.com
 
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Ao ler a sinopse já me chamou a atenção o livro por ser ação policial, eu curto :)
Posteriormente descobri que há muitos livros desse autor com esse protagonista, mas no meu caso, esse é o primeiro livro que leio deles.
No inicio, clássico caso de furto seguido de morte. Parecia algo simples, não estava entendendo como tinha mais de 400 páginas esse caso, mas então, o cenário começou a ampliar, ficou com muita aventura, adrenalina com o máximo de detalhes, e o final não é nada do que eu tinha imaginado.
Leitura fácil, rápida, narrativa com muitos detalhes, proporcionando ótima imaginação do que o autor pretende.
Bosch é um detetive dedicado, que estava cansado de não ter nenhum caso para resolver, até que surgiu um assassinato de um asiático. Se dedica, promete a família que irá encontrar o assassino. E assim se desenrola a investigação. A novidade é que sua filha que mora em Hong Kong é sequestrada, e como estava recebendo ameaça, foi imediatamente resgatar sua filha, se culpando por ter deixado que seu trabalho prejudicasse a vida da sua família.
Ao procurar pela filha, maior parte descrita do livro, acontecem vários fatos que o deixam com suspeitas contra até mesmo a própria policia, e o leitor também fica criando hipóteses.
Em um único fim de semana, ele vai a Hong Kong, salva a filha e retorna para prender o assassino do Sr. Li. Muito rápido a sequencia dos fatos.
E o final, eis que não é nada do que havia imaginado!
Os amantes de livros de ação policial, irá amar!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A Nona Configuração - William Peter Blatty

A Nona Configuração
William Peter Blatty
HarperCollins Brasil
2015
155 pag

Sinopse: O Centro Dezoito é uma mansão transformada em um manicómio para ex-combatentes militares passando por tratamento psiquiátrico. Cada um com uma loucura diferente, contendo suas próprias personalidades diversas, metódicas e ambíguas, todas completamente misteriosas.
Hudson Kane, um psiquiatra e oficial dos fuzileiros navais, é designado pelo Pentágono para diagnosticar o comportamento dos internos e desvendar se tudo não passa de uma farsa para fugirem de suas obrigações militares.
Em meio a jogos psicológicos e conversas aparentemente sem sentido, surgem questões existenciais, como a existência ou não de Deus e o surgimento da vida na Terra, que culminam em uma nova maneira de enxergar e entender o mundo: a nona configuração. O jovem psiquiatra, porém, perdido no caos dos internos enlouquecidos, se vê face a face com suas próprias incertezas e por fim precisa desvendar o mistério de quem realmente é.

Autor: William Peter Blatty, nasceu em 1928, é fruto de um lar desfeito, tendo crescido com a influência indelével de uma mãe extremamente religiosa. De formação educacional inerentemente católica, prosseguiu os estudos na George Washington University, formando-se em literatura inglesa. Blatty, começou a escrever após a graduação, no período em que esteve no Líbano servindo à Força Aérea Americana. De volta aos Estados Unidos após um período complicado de sua vida, alugou uma cabana na qual iniciou sua obra-prima, ícone da literatura de terror e referência cultural no mundo inteiro: O Exorcista. O autor é vencedor de um Oscar e três Globos de Ouro, incluindo o de melhor roteiro para a adaptação cinematográfica de A Nona Configuração.
 
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O inicio do livro parece um tanto com suspense, contudo, logo em seguida passa ao tipo que será o restante do livro, diálogos rápidos e sem muita ação, confesso que em alguns momentos dos diálogos me perdi, e precisei ler novamente, um pouco confuso quem fala o que...
Ao optar por ler o livro, esperava algo mais emocionante, mais suspense, contudo, não é isso que ele traz, é uma leitura tranquila, sem fortes emoções, todo o enfoque do livro está em seu personagem principal, o psiquiatra Kane, e não há possibilidades de falar mais sobre o livro sem contar qualquer parte da historia que cada leitor deve viver.
Ressalto que é um livro fino, de poucas páginas, sendo possível ler em algumas horas, ideal principalmente para quando se termina uma história muito forte, esse livro pode ser interessante para fazer descanso entre um livro e outro. Sugestão.
 

domingo, 24 de janeiro de 2016

Teatro dos Lírios




Teatro dos Lírios
Lulu Wang
Editora Record
2001
473 pag


Sinopse: Teatro dos Lírios traz a voz de uma garota de 14 anos procurando dominar a história, tanto a sua própria trajetória quanto a de seu país. É 1972, e a Revolução Cultural está em marcha. Os pais de Lian - um médico e uma professora de História - tiveram extintos os seus privilégios. Com o pai banido para uma província, ela acompanha a mãe enviada a um campo de reeducação, retratado como um microcosmo da China de Mao Tsé-Tung.
A convivência com os mais prestigiados intelectuais e acadêmicos do país, em suas rotinas de humilhação e trabalhos forçados, resulta em uma educação privilegiada entre historiadores e psiquiatras, poetas e monges budistas. Este é o ponto de partida de uma aventura marcada pela descoberta do amor, da paixão homossexual, das diferenças de classe, da marginalidade, da traição e do terror político.
Como uma Anne Frank oriental, o olhar de Lian imprime emoção e esperança. Transmite a energia da juventude conjugada com a individualidade de um livre-pensador e a sabedoria chinesa, enquanto experimenta as angústias da adolescência e as alegrias da amizade e do conhecimento, que nenhum regime ou situação-limite, subjuga.
A prosa delicada de Lulu Wang mixa o velho e o novo, a tradição e a revolução. Traz reflexões sobre o crescimento, a violência, o terror e o conhecimento em um painel da era maoísta no qual se descortina uma outra história da China através dos olhos de uma adolescente.
 
Autora: Lulu Wang nasceu em Pequim, em 1960. Filha de um oficial do exército banido para uma província, acompanhou sua mãe, reclusa a um campo de reeducação, no auge da Revolução Cultural. Aproveitando a oportunidade de lecionar chinês na Universidade de Maastricht, aos 25 anos, emigrou para a Holanda, onde vive. Em 1990 começou a escrever Teatro dos Lírios, e já prepara seu segundo livro, um romance.
 
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O livro é dividido em 4 capítulos, inicia com a história de Lian indo com a mãe para um campo de reeducação, criado pela Revolução Cultural de Mao. Nesse período que a personagem principal se encontra com os principais intelectuais da China, pois essa revolução é onde os governantes puniam os intelectuais por suas capacidades de pensar, e instigavam a população e os alunos ao instinto proletário e aversão ao mundo ocidental. Nesse campo de reeducação que Lian cria o Teatro dos Lírios, um lugar próximo ao lago, onde pode conversar com as espécies que habitam o local, expondo seus pensamentos e aprendizados sobre a História da China. E o local passa a ser conhecido, pois convida seu próprio professor de história e posteriormente um amigo monge, para ser espectador em seu teatro. Nesse capítulo, a autora cita uma amiga de Lian, Kim, vagamente, sem muita notoriedade, mas com sentimento de afeição.
No segundo capítulo, a história retrocede ao período antes da Revolução Cultural, onde Lian vivia tranquilamente com seus pais em seus privilégios de ser da primeira casta. Conta como iniciou a amizade com Kim, sua amiga da terceira casta, e como lutou por essa amizade.
No terceiro e quarto capítulos retrata quando Lian retorna do campo de reeducação com sua mãe, posteriormente também retorna seu pai. E passa a discorrer sobre o cotidiano dessa adolescente, seus temores, pensamentos, confusões e descobertas.
Em todos os capítulos o cenário é a China em meio ao governo de Mao, na Revolução Cultural, sendo recheado de informações detalhadas sobre essa ditadura política em que a China vivia, os absurdos que os intelectuais sofriam por suas "mentes pensantes".
Confesso, que ao ler a sinopse e iniciar a leitura, até mais da metade, que o livro estava centrado em retratar as dificuldades políticas enfrentadas pela China, como um autorretrato da autora na personagem Lian, principalmente na riqueza de detalhes histórico, e como nunca havia lido nada a respeito estava absorvendo toda informação passada pela autora. Mas com o passar da leitura, percebi que foi ficando cada vez mais lento o desenvolvimento das páginas, demorei mais do que o normal para ler um livro da mesma quantidade de paginas, e não digo que a leitura é difícil, mas lenta mesmo, por mais que passava horas lendo, não fazia grandes avanços.
Depois da metade do livro fiquei em dúvida sobre o centro da história, o meu próprio interesse começou a ficar balançado, houve uma mudança na narração de histórica para cotidiano de uma adolescente, e no último capítulo, fiquei mais abalada ainda com a guinada do enfoque, que passou a ser a amiga de Lian, Kim, que até então era uma figura de luta da classe baixa, digna, honesta, e até uma situação não explicita de envolvimento além amizade entre Lian e Kim, e esta de repente muda totalmente seu comportamento, sem um motivo tão justificável assim perante toda a história, e passa a ser o oposto da personagem apresentada até aquele momento.
Kim passa a ser o centro das atenções do livro, com seu novo instinto rebelde e vingativo. Lian ainda nutri um sentimento de apego até o final do livro, que deixa a desejar, como se estivesse faltando parte da história. Ou seja, o livro termina sem um desfecho da personagem principal, mas somente de Kim, e ainda assim, dedutivo, sem deixar afirmações concretas.
Recomendo o livro por ser rico em detalhes da História da China, um romance que foi muito bem escrito nos dois primeiros capítulos, contudo, indispensável os dois últimos para entender todo o livro. Mas irão precisar de muita calma para prosseguir e absorver a essência e tirar suas próprias conclusões.
 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Deusa da Lenda - P.C. Cast





Deusa da Lenda
P.C. Cast
Novo Século
2013
389 pag
 
Sinopse: A fotojornalista Isabel, cansada da vida que levava até então, decide voltar à sua terra natal, Oklahoma. No caminho para casa, porém, sofre um acidente, e seu carro é arremessado de uma ponte. Nas escuras e frias águas de um lago, ela luta pela sobrevivência, no limite entre a vida e a morte.
Mas Isabel não contava com a ajuda dos deuses: a Deusa das Aguas vem a seu socorro. A poderosa deusa se dispõe a salvá-la, mas pede algo em troca. Agora, Isabel deverá viajar pelo tempo, rumo ao lendário reino de Camelot, onde terá a tarefa de seduzir ninguém mais, ninguém menos que Lancelot Du Lae, desviando sua atenção da rainha Guinevere.
Simples. Afinal de contas, um cavaleiro charmoso e bonitão é o sonho de qualquer garota, em qualquer século. Infelizmente, nem tudo sai conforme o planejado, e Isabel acaba se apaixonando pelos olhos profundos do sábio rei Artur!
E agora? Será que Isabel deve entregar-se a seu amor verdadeiro, ainda que, com isso, quebre a promessa feita à Deusa das Águas e ainda corra o risco de mudar o destino de sua nação (e do mundo) para sempre?
 
Autora: P.C. Cast é autora de grandes sucessos de venda, além de professora e palestrante de vasta experiência. Seus livros foram escolhidos para o programa YALSA e receberam inúmeros prêmios, inclusive o prestigiado Oklahoma Book Award, bem como PRISM, Daphne Du Maurier Courier. Ela mora em Oklahoma com um gato muito mal-humorado e dois terriers escoceses.
 
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Após terminar uma leitura pesada, como foi Depois de Auschwitz, escolhi um romance para fantasiar em minhas leituras, e a vez foi de Deusa da Lenda, da série Goddess, livro 7. Vale ressaltar que esse foi o único livro da série que li, e não é necessário ler todos na ordem, pois são histórias independentes. Lendo sobre a série, entendi que todos são romances com figuras mitológicas (deuses) em ação com os mortais para recontar um fato, uma lenda da história que conhecemos.
Nesse livro, Deusa da Lenda, o cenário é Camelot, reino de Artur, o próprio que tem a távola redonda e a espada excalibur, e Isabel é a mortal escolhida pela Deusa das Águas para agir nessa história.
Tudo por Merlin, este, ao ver o futuro de Artur em Camelot, se entristece a ponto de optar em cair em sono profundo do que presenciar tal mal. Viviane, Deusa das Águas, apaixonada por Merlin, se desespera com a situação e busca nos mortais a solução, e escolhe Isabel (loira, 42 anos, de Oklahoma, e que está prestes a sofrer um acidente e deixar a vida terrestre) para intervir nessa história tão triste. A missão de Isabel é seduzir Lancelot e evitar a tristeza do rei Artur que é apaixonado por sua rainha, Gwen. Nesse ponto há mudanças, pois Isabel se apaixona na verdade por Artur, e esse se apaixona perdidamente por Isabel. Isabel é uma personagem forte, determinada, pensa e quer muito sexo, inteligente e bem humorada. E assim a história se desenvolve, desde o amor de Gwen e Lance, Isabel e Artur, passando por uma ameaça de invasão ao reino até o final; eu paro aqui, uma vez que posso causar spoiler desnecessário.
O livro se desenvolve rápido, é uma leitura simples, tranquila e até rápida também, pois os eventos são rapidamente expostos e já resolvidos, e logo em seguida há outro e assim até o final. Romance recheado de cenas picantes, e com certos detalhes que a autora deixou para que o leitor possa sentir a emoção do casal. O que mais me chamou a atenção é a versão sarcástica da personagem principal, tendo "tiradas" modernas, e em vários momentos me fez rir com a situação de não compreensão dos demais.
Recomendo a leitura para os que apreciam romance, contudo, não é muito o meu gênero favorito, são raros os romances que digo que são bons. Acredito que este poderia ser melhor. Em vários momentos senti que a autora quis mostrar um livro adulto, e havia muito de romance juvenil. O mesmo para o final, diria que um tanto sem criatividade.

Para curiosidade, segue o nome dos outros livros da série:
1 Deusa do Mar
2 Deusa da Primavera
3 Deusa da Rosa
4 Deusa do Amor
5 Deusa da Luz
6 Deusa de Troia
7 Deusa da Lenda

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Depois de Auschwitz - Eva Schloss

Depois de Auschwitz
Eva Schloss
Universo dos Livros
2013
303 pag

Sinopse: Em seu aniversário de quinze anos, Eva é enviada para Auschwitz. Sua sobrevivência depende da sorte, da sua própria determinação e do amor de sua mãe, Fritzi. Quando a guerra termina e Auschwitz é finalmente extinto, mãe e filha iniciam uma lona jornada de volta para casa. Elas procuram desesperadamente pelo pai e pelo irmão de Eva, de quem haviam se separado.
Esse é um depoimento honesto e doloroso de uma sobrevivente do Holocausto. As lembranças e descrições de Eva são sensíveis e vividas, e seu relato traz o horror para tão perto quanto poderia estar. Mas também traz a luta de Eva para viver carregando o peso de seu terrível passado, ao mesmo tempo em que inspira e motiva pessoas com sua mensagem de perseverança, de respeito ao próximo e de humanidade.

Autora: Eva Schloss nasceu em Viena, Áustria, em 1929. A aterrorizante experiência no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau foi narrada em seu primeiro livro, A história de Eva, lançado em 1988. A obra foi adaptada para o teatro e já emocionou espectadores da Europa, dos Estados Unidos, da Austrália e até da Ásia. Em 2012, Eva recebeu do príncipe Charles o título de Membro do Império Britânico pelo seu trabalho com a Fundação Anne Frank e com outras entidades beneficentes relacionadas ao Holocausto, dando continuidade ao trabalho de seu padrasto, Otto Frank, e garantindo que o legado de Anne nuca seja esquecido.

Links de compra:
http://www.saraiva.com.br/depois-de-auschwitz-o-emocionante-relato-de-uma-jovem-que-sobreviveu-ao-holocausto-4978476.html
http://www.livrariacultura.com.br/p/depois-de-auschwitz-42134532


 
Duas coisas me chamaram a atenção neste livro: o título - Depois de Auschwitz (não havia lido ainda nada diretamente de uma sobrevivente relatando o pós guerra) e a frase de marketing - O emocionante relato da irmã de Anne Frank que sobreviveu ao Holocausto (oi? até onde me lembrava a única irmã de Anne havia morrido no campo de concentração junto com ela).
Ao iniciar a leitura logo percebi que realmente o foco do livro era relatar sua vida antes, durante e depois da guerra, sendo uma leitura gostosa, tranquila e muito carregada de emoção, é impossível ler e não se sentir tocada pela autora, pelos seus mais profundos sentimentos ali relatados, e sim, principalmente no pós guerra.
E também logo é esclarecido sobre a questão de ser irmã de Anne Frank, que para a autora não é o importante, esse marketing acredito que foi desnecessário, a historia de Eva é tão rica e até mesmo diferente da de Anne, e elas não são irmãs, Eva foi enteada do pai de Anne, Otto Frank, e ela em nenhum momento diz que se considera sua irmã, mas por ter convivido com Otto é uma das responsáveis pela Fundação Anne Frank, e assume esse legado com muito orgulho, sendo um trabalho muito bonito e que foi a vida do pós guerra de sua mãe e Otto.
Ok pontos curiosos ressaltados, volto a parte que mais me chamou a atenção, que é o tipo de relato, a autora é autentica em suas colocações, expõe seu temperamento difícil e como a vida em família tem um valor muito grande para ela em todos os momentos do descritos no livro.
Não vou citar aqui a história de Eva, acredito que essa somente lendo e sentindo para se tornar conhecedor de seu conteúdo, mas separei passagens que julguei interessante, um diferencial desse livro e dessa autora. Como mencionei acima, não era necessário o vínculo com o livro de Anne Frank, pois seu relato é diferente, é proposital em deixar registrado sua sobrevivência, e como na maioria dos livros que li até o momento, era voltado a expor os horrores dos campos de concentração, os absurdos da SS, e nos fazer refletir em como o mundo deixou isso acontecer. Mas esse livro de Eva Schloss vai além, pois os sobreviventes do Holocausto, após a guerra, também sofreram, e muitos não sobreviveram. Voltar pra casa e para a vida livre foi novamente uma luta por sobrevivência, e é isso que essa autora relata com tanta vontade de mostrar ao mundo que não foi as "mil maravilhas", que os judeus continuaram a sofrer e muito, e por muito tempo, e assim muitos não resistiram.
"Naquele momento, decidi que eu não seria uma vítima, apesar de tudo o que havia acontecido comigo. Nunca permitiria a mim mesma ter uma mentalidade dessas - era quase como aceitar o papel de total desamparo que os nazistas queriam que sentíssemos. Eu não era impotente. Eu era uma sobrevivente."
E com essa colocação, Eva relata todas as dificuldades que enfrentaram, conta sobre sua família, amigos, conhecidos e como conseguiu seguir em frente, principalmente por ser tão ligada ao pai, e lembrar em vários momentos sobre seus ensinamentos, cito abaixo um dos ensinamentos que acredito ter sido crucial para a autora:
"... tudo o que vocês fazem neste mundo deixa uma marca. Nada se perde. Tudo o que vocês fazem de bom vai prevalecer na vida das pessoas com quem vocês tiveram contato. Essas ações e atitudes farão a diferença para alguém, em algum lugar, em algum momento, e as suas realizações serão levadas adiante. Tudo está conectado como uma corrente que não pode ser rompida."... " Neste livro, vou contar a vocês como tentei fazer o meu melhor para deixar uma marca no mundo."
Eva é a filha mais nova de um casal com dois filhos, ela e seu irmão mais velho Heinz, teve uma educação livre e apesar de julgar somente seu irmão como intelectual, Eva tem sim seu ponto de vista pautado na realidade, fazendo críticas fundadas e desenvolvidas pela história. Dessa forma, Eva faz em seu livro reflexões que antes não encontramos em outros livros de biografia, ela descreve em um dado momento sobre Hitler e em como Viena (onde a autora morava na infância) o excluía, e depois quando assume o poder na Alemanha e volta a Viena passa a ser querido:
"Hitler, filho de um funcionário da alfândega da cidade provinciana austríaca de Linz, odiava o internacionalismo de Viena - a modernidade da arte e da música, a sexualidade liberal e por vezes até uma política caótica, que o excluía de diferentes maneiras. Hitler era como um garoto pobre com o rosto grudado na vitrine de uma loja de doces enquanto a sociedade vienense, exclusiva de intelectuais, o ignorava."... "A cidade que o havia desprezado por tanto tempo agora o recebia de braços abertos, e a prioridade dele, segundo confidenciou ao chefe de propaganda nazista, Josef Goebbels, era limpar Viena da imundice e das baratas - ele referia-se aos judeus."
 Com essa citação, já percebe-se que a autora faz alusões ao cenário político da época, critica as posições, alianças, e também em como o ser humano as vezes deixa de ser humano, passa a ser simplesmente corrupto. Nesse questionamento sobre o ser humano, faz uma citação do diário de Anne Frank:
"Anne Frank escreveu no final de seu diário, pouco antes de ser capturada, que ainda acreditava que as pessoas tinham bons corações, mas eu me pergunto o que ela pensaria se tivesse sobrevivido aos campos de concentração de Auschwitz e Bergen-Belsen. Minhas experiências revelaram que as pessoas têm uma capacidade única para crueldade, brutalidade e completa indiferença aos sentimentos humanos. É fácil afirmar que o bem e o mal existem dentro de cada um de nós, mas eu vi a realidade de perto, e isso me levou a uma vida de questionamentos sobre a alma humana."
Faz críticas as regras da sociedade, principalmente quando se muda (já casada) para a Suíça, afirmando que é um país autoritário e com muitas regras:
"Foram as regras que nos fizeram bordar estrelas amarelas em nossos casacos e nos enviaram em trens de gado em direção à morte. Onde estavam as regras sobre a compaixão, a humanidade e o ato de não matar seres humanos quando mais precisávamos dela?"
Em suas colocações também faz crítica aos que são colocados como "bonzinhos" e colocaram fim a guerra, crítica dura e de nada bonzinhos, e sim interesseiros:
"Desde o final da guerra, muitas histórias sobre o papel e sobre os atos das Forças Aliadas surgiram. Algumas delas defendiam a ideia de que  um lado era "mal" e o outro "bom", e talvez com razão. Documentos mostraram que os britânicos e os norte-americanos tinham total consciência do extermínio de judeus em Auschwitz já em 1943 - e rejeitaram uma petição para bombardear as câmaras de gás no verão de 1944. um funcionário do ministério britânico de Relações Exteriores escreveu que o bombardeio a Auschwitz poderia levar a uma "inundação de refugiados" que, em busca de pátria independente, se deslocaria para a Palestina, até então um protetorado britânico. Talvez o bombardeio a Auschwitz tivesse feito pouca diferença, pois a maioria de suas vítimas já estava morta naquele momento. Talvez, quem sabe, mais pessoas pudessem ter sido mortas no ataque. O que se sabe com certeza é que ganhar a guerra e manter uma política forte de anti-imigração foram as prioridades dos Aliados - não a iniciativa de ajudar os judeus."
E para finalizar, uma reflexão sobre Holocausto, colocado por Eva de maneira sincera, intelectual e emocionante:
"... O Holocausto foi um horror único ou apenas um entre muitos outros horrores que aconteceram? Por meio de Otto, e depois por meio do trabalho da Anne Frank House e na Fundação Anne Frank, fiquei sabendo de muitos casos de genocídios, assassinato e discriminação, e cada um pareceu igualmente terrível para as pessoas que vivenciaram tais experiências. Apesar disso, creio que a determinação dos nazistas em exterminar todos os judeus da face da Terra - e o fato de muitos indivíduos comuns terem permitido que isso acontecesse - não tem qualquer paralelo histórico. Mas é claro que não o vivenciei como um fato histórico. Posso contar apenas sobre algo pessoal que aconteceu comigo e como sobrevivi a ele."
Espero que muitos leem esse livro, e sinta a emoção de conhecer mais esse momento da história mundial, que foi horrível, deixou marcar profundas, mas que algum sobreviveu para nos contar, e nos fortalecer de que podemos fazer a nossa parte para ser diferente, para ser amor, empatia e acima de tudo humano.
 
 
 

domingo, 10 de janeiro de 2016

Junta - Cadáveres - Juan Carlos Onetti

Junta-Cadáveres
Juan Carlos Onetti
Planeta Literário
2009
349 pag


A população de Santa María fechou-se em casa no dia em que Junta-Cadáveres chegou. Cinquentão, ele desembarcou na estação de trem com três de suas mulheres. Ele aportava para realizar aquele que já havia sido seu grande sonho: construir um prostíbulo. E precisava realizar o que planejara. Era assim que pensava.
No dia-a-dia, não o tratavam como Larsen, mas como Junta-Cadáveres, numa referência a sua atividade de "colecionador de putas pobres". Os habitantes de Santa María o receberam em silêncio. No entanto, a reação poderia acontecer a qualquer momento...
Junta-Cadáveres, como muitos dos personagens do uruguaio Juan Carlos Onetti que habitam a mística cidade de Santa María, aparece em outros de seus romances. Neste, desvenda-se aquele que está por detrás da estranha alcunha. Alquebrado, desiludido, fazendo uso de suas ultimas forças.
Junta-Cadáveres (1965) foi finalista do prestigioso prémio Rômulo Gallegos.
Um dos personagens mais marcantes de Juan Carlos Onetti, Junta-Cadáveres é o protagonista deste maravilhoso romance, onde o liberalismo e o pudor se chocam na filosofia dos habitantes de uma pequena cidade. Com um estilo denso e vigoroso, Onetti expõe a luta feroz entre duas forças abafadas pela hipocrisia e pelas aparências.
 
 
Este é o primeiro livro do autor Juan Carlos Onetti que li, e acredito que o primeiro da literatura uruguaia. Digo que foi um pouco difícil, mas gostei e muito.
Difícil pela linguagem, anteriormente li um livro de fácil leitura, rápida e com muitos diálogos e poucos detalhes na narrativa. Nesse o autor usa de muita narrativa e poucos diálogos, onde essa narrativa é em primeira e terceira pessoa, o eu é o personagem Jorge Malabaia, que inicia a história já com a chegada de Larsen, o Junta-Cadáveres, com 3 prostitutas para o primeiro prostíbulo de Santa Maria.
E digo que gostei muito pelo fato de ser muito descritivo e um tanto parecido com a literatura clássica brasileira, com detalhes dos lugares, da sociedade e de seus personagens, e a história é um realismo da sociedade da época (1965), onde havia forte influencia da religião, características de cidade pequena, conservadora, e com valores puritanos (totalmente contra os prostíbulos).
A história se desenvolve no sonho de Larsen em montar um prostíbulo na cidade de Santa Maria, onde esse sonho se realiza após 12 anos de espera, com uma autorização concedida após um acordo entre um senador e o médico da cidade, com a intenção de que o prostibulo poderia ajudar nas vendas de remédios, pois iria aumentar as doenças. Isso de início, pois assim que é liberado a abertura da casa noturna, os problemas são outros e não as doenças.
A sociedade não aceita bem essa nova casa na cidade, e a igreja, mais propriamente o padre da cidade, nomeia a Liga dos Cavalheiros para vigiar a casa, perturbar os frequentadores do local, agindo com o objetivo de fechar a casa que para eles é uma ofensa a Deus.
A narrativa segue com o olhar do personagem Jorge, que narra em primeira pessoa, e os demais personagens em terceira pessoa. Jorge desde o início aparece, já citando sua inspiração feminina, Julita, que na realidade é sua cunhada, que louca confunde o marido morto com o irmão dele, Jorge. Interessante ressaltar, que o segundo capítulo é com Jorge vendo o Junta-Cadáveres e as 3 mulheres, pensando em Julita, e também o penúltimo capítulo é com Jorge vendo o Junta-Cadáveres e as 3 mulheres, e recebendo uma notícia de Julita. Situações parecidas com destinos diferentes. O narrador conta com detalhes os personagens e seus pensamentos profundos, desde os que são a favor da casa e os que são contra a casa, e seus motivos obscuros relatados ao leitor. Vale frisar, que mesmo aqueles que no início se parecem a favor da casa, posteriormente o leitor se encontra em duvida dessa posição, e os que no início eram contra, posteriormente também não serão tão contra assim.
O enredo principal, o prostíbulo e o Junta-Cadáveres, se desenvolve com seus personagens principais e secundários, mas para mim o mais interessante é a realidade com que a sociedade da época foi retratada diante desse "problema" que era o prostíbulo. A maneira como a religião influenciava a opinião e as atitudes das pessoas, como o conservadorismo estava acima de tudo, a liberdade de expressão era limitada (não se poderia falar em nenhuma nota sobre esse local), e também como as pessoas escondem seu verdadeiro "eu", querendo ser aceita na sociedade, no grupo local, sermão patriarcal com o velho ditado "faça o que digo e não o que faço ou fiz". Reflexões que levam o leitor a pensar, imaginar a vida daquela época, de modo real, intenso por meio da narrativa de seus personagens.
Sobre o final, digo que "suspeitei desde o princípio", mas vale ler todas as linhas e entrar nessa narração de coração e mente aberta para sentir e entender o drama vivido por esses personagens, que esse autor retrata muito bem em sua sociedade imaginária real.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Saga Encantadas - Sarah Pinborough

    Saga Encantadas (3 Livros)                            



 

Sarah Pinborough
Única Editora
2014
 
 

  
Veneno: Saga Encantadas - Livro 1           
Sexy, sarcástico e de prender a respiração!
Para os fãs de Once Upon a Time e Grimm, Veneno é a prova de que contos de fadas são para adultos! Não existe 'Felizes para sempre'!
Você já pensou que uma rainha má tem seus motivos para agir como tal?
E que princesas podem ser extremamente mimadas?
E que príncipes não são encantados e reinos distantes também têm problemas reais?
Então este livro é para você! Em Veneno, a autora Sarah Pinborough reconta a história de Branca de Neve de maneira sarcástica, madura e sem rodeios. Todos os personagens que nos cativaram por anos estão lá, mas seriam eles tão tolos quanto aparentam?
Acompanhe a história de Branca de Neve e seu embate com a Rainha, sua madrasta. Você vai entender por que nem todos são só bons ou maus e que talvez o que seria 'um final feliz' pode se tornar o pior dos pesadelos!
Veneno é o primeiro livro da trilogia Encantadas, e já é um best-seller inglês. Sarah Pinborough coloca os contos de fadas de ponta-cabeça e narra histórias surpreendentes que a Disney jamais ousaria contar. Com um realismo cínico e cenas fortes, o leitor será levado a questionar, finalmente, quem são os mocinhos e quem são os vilões dos livros de fantasia! 
     
 
Feitiço: Saga Encantadas: Livro 2

Cuidado com o que você deseja!
Para fãs de Once Upon a Time e Grimm, a série Encantadas prova que contos de fadas são para adultos!
Você se lembra da história da Cinderela, com sua linda fada madrinha, suas irmãs feias e um príncipe encantado? Então esqueça essa história, pois nesta releitura de Sarah Pinborough ninguém é o que parece.
Em um reino próximo, a realeza anuncia um baile que encontrará uma noiva para o príncipe e parece que o desejo de Cinderela irá ganhar aliados peculiares para ser realizado. Contudo, não será fácil: ela não é a aposta de sua família para esse casamento real, e sua fada madrinha precisa de um favorzinho em troca de transformar essa pobre coitada em uma diva real. Enquanto isso, parece que Lilith não está muito contente com os últimos acontecimentos e, ao mesmo tempo em que seu reino parece sucumbir ao frio, ela resolve usar sua magia para satisfazer suas vontades Feitiço é o segundo volume da trilogia iniciada com Veneno, um best-seller inglês clássico e moderno ao mesmo tempo em que recria as personagens mais famosas dos irmãos Grimm com personalidade forte, uma queda por aventuras e, eventualmente, uma sina por encrencas.
Princesas, rainhas, reis, caçadores e criaturas da floresta: não acredite na inocência de nenhum deles!   
Poder: Saga Encantadas: Livro 3           
Acordar uma princesa pode ser letal. Para fãs de Once Upon a Time e Grimm, a série Encantadas prova que contos de fadas são para adultos!Quando um príncipe mimado é enviado pelo seu pai para tentar desvendar os mistérios de um reino perdido, ninguém imagina os perigos que ele encontrará pela frente! Acompanhado da figura sóbria e sagaz do Caçador e de Petra, uma jovem valente que possui uma ligação muito forte com a floresta, o príncipe acaba encontrando um reino adormecido por uma estranha magia. Todos os seres vivos foram cercados pela densa mata e estão dormindo, em um sono pesado demais, que só poderia vir da magia. Mas que tipo de bruxaria assolaria uma cidade inteira e seus habitantes? E, principalmente, quem faria mal a uma jovem rainha tão boa e tão bela? A não ser, claro, que os olhos não percebam o que um coração cruel pode esconder...Poder é o terceiro volume da trilogia Encantadas, e traz como história principal o conto da Bela Adormecida. Porém, esqueça os clichês tradicionais e se entregue a uma nova visão dos contos de fadas, em que heróis e anti-heróis precisam se unir para não perecerem à beleza superficial de princesas e rainhas egocêntricas e aos príncipes em busca de aventuras.




Depois de um ano sem movimentar o blog, e 2015 com pouquíssimas leituras, inicio 2016 com vontade de colocar minhas leituras em dia, tentar na verdade... são muitos livros na estante e muitos ainda nas livrarias... rs
Mas iniciamos o ano com os contos de fadas, só que não..... a Saga Encantadas é realmente surpreendente. Iniciei com o objetivo de uma leitura rápida e simples, pensando em algo bem infanto-juvenil, e para minha surpresa me deparei com um conto diretamente para adultos, e que prende a atenção do leitor e o faz ler compulsivamente até o final, e não somente do livro, e sim da saga... posso dizer que ficou ainda com uma sensação que poderia ter mais, senti falta de uma continuação.
As princesas Branca de Neve, Cinderela e Bela Adormecida, são apresentadas de maneira inimaginável anteriormente, nada de boazinha, santinha e dedicada aos bons costumes da época. 
O que conhecemos dos contos citados, era na ordem, princesa "coitadinha", madrasta ou bruxa "malvada", príncipe "encantado" e o "felizes para sempre". Nesses livros não é assim. Até o personagem malvado tem um "Q" interessante que nos cativa. Há reviravoltas e sarcásticos trechos sobre o suposto absurdo da historia contata na infância (como por exemplo, um príncipe se apaixonar por alguém por servir um sapato, a autora o chama de tolo, pode isso produção?).
Além das histórias centrais, há menção a outras histórias, como a Bela e a Fera, Chapeuzinho Vermelho, Lobo Mau, João e Maria, Rapunzel, onde a autora tenta interligar as historias. Nesse ponto que, a mim, pareceu faltar uma continuação. Houve personagens que ficaram sem fechar a participação, ficou "no ar" para onde ele foi, uma vez que nada é como sempre foi, faltou fechar, uma falha nos personagens secundários. Vale ressaltar, que o terceiro livro é na ordem cronológica a primeira história, que deveria fechar a saga, e nesse livro percebemos a melhor performance da autora, em escrita, intrigas e suspense, mas faltou para encerrar a saga. Contudo, vale uma leitura descomprometida, livre de censura e deixar a imaginação fluir com a autora.
A autora desenvolve as historias com leitura fácil (como eu estava buscando no momento), dinâmica, curta e com final que quase surtei no primeiro livro, nos seguintes já havia entendido o objetivo da autora. Ressalto aqui, a impressão da editora, que é bem gracinha, papel com formas de "era uma vez"...
Eu necessariamente curti, não é dos melhores, mas sim dos recomendados. :)