quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Resultado de imagem para a distância entre nós thrity umrigar

A Distancia entre nós
Thrity Umbrigar
Globo Livros
2015
333 pág


Sinopse: Bhima e Sera se veem todos os dias e conhecem todos os segredos uma da outra. Apesar disso, não se intitulam amigas - são, afinal, empregada e patroa. Bhima vive numa das favelas de Bombaim, a maior cidade da Índia, num barraco sem água corrente ou banheiro. Sera mora num bairro confortável com a filha única e o genro, que aguardam com expectativa a chegada de seu primeiro bebê. A neta de Bhima também está grávida. Mas, em vez de alegria, sua gestação é motivo de medo e vergonha.

Autora: Thrity Umrigar nasceu em 1961, em Bombaim, na Índia, e se mudou para os Estados Unidos quando tinha 21 anos. Divide seu tempo principalmente entre as aulas na Case Western Reserve University, onde ministra cursos de escrita criativa e literatura, e a produção de seus romances. Seus sete livros publicados já venderam milhões de exemplares e foram traduzidos para diversos idiomas. Foi finalista do PEN/Open Book. Vive em Cleveland, no estado de Ohio.

"Pooja desviou o olhar da mãe, mas Bhima viu as lágrimas escorrendo-lhe pela face. Todas essas lágrimas vertidas no mundo, para onde elas vão?, pensou Bhima. Se alguém pudesse capturá-las, poderia regar os campos crestados e assolados pela seca na aldeia de Gopal e além. Então, quem sabe elas teriam algum valor e todo esse pesar teria algum significado? Do contrário, tudo não passa de um desperdício, apenas um ciclo interminável de nascimento e morte; de amor e perda."

Ao iniciar a leitura do livro, primeira vez que leio algo dessa autora, me remete ao autor Khaled Hosseini, que tem um dos livros que mais gosto que é "O Silêncio das Montanhas", e fiquei com essa impressão por todo o livro. A semelhança está na narrativa costurando, que ao passar das páginas vamos entendendo os remendos e lacunas da história de Bhima e Sera, onde a riqueza e a pobreza andam juntas mas não de mãos dadas.
Bhima tem uma história triste, mora com sua neta em um barraco na favela, tem imensa gratidão por sua patroa, Sera, onde trabalha a muitos anos, e esta te ajudou em muitas situações da vida, principalmente por Bhima ser analfabeta e Sera ser de família rica e instruída. Sera, apesar da riqueza, teve uma vida sofrida no casamento, onde de modo indireto Bhima compartilhou de sua dor. Mas mesmo com todo o tempo juntas, na hora de tomar um simples chá, Bhima tem sua caneca separada dos utensílios da casa, e não se senta em qualquer móvel, se acocora ao lado de Sera, que é servida em sua xícara de família e senta-se em sua cadeira. São nos pequenos detalhes que a narrativa nos leva a emoções de alegria, gratidão alheia à tristeza e até raiva das situações.
O livro ressalta a distância além financeira, também a social e religiosa, entre seus personagens. As dificuldades enfrentadas por quem não têm ensino e oportunidades de melhorar de vida; as condições deploráveis das vidas nas favelas e intensificadas pelas diferenças de castas indianas (no livro "O Teatro dos Lírios" também revela muito dessa diferença de castas e como se comporta o povo em relação a essa realidade indiana).
Além dessas diferenças, há a situação de que ambas famílias tem a expectativa da chegada de um bebê. A filha de Sera está grávida e todos na casa está feliz com a novidade. A neta de Bhima também está grávida e todos estão desesperados para resolver o problema antes que se torne conhecimento da sociedade e seja motivo de vergonha, onde ninguém - de início - sabe quem é o pai. Nesse momento, lembro perfeitamente de logo após conhecer todos os personagens, eu já apostar em quem era o pai do bebê, e eis que acertei :), apesar da história narrada ser um pouco diferente do que imaginei a princípio.
As partes também estão em relação a perda: da liberdade, da família, do emprego, da filha, da esperança. Bhima e Sera passam por momentos muito difíceis em relação aos maridos, mas de forma diferente e proporções também. 
Mesmo assim, diante de tanta tristeza e miséria, Bhima, consegue se libertar de vários pesos do passado, e viver libertadoramente ao final da história.
Uma história bela, que vale e pena ler!

sábado, 6 de agosto de 2016

5 Cavaleiro - James Patterson



5 Cavaleiro
James Patterson e Maxine Paetro
Arqueiro
224 pag.

SinopseUm assassino brinca de Deus. Quando a tenente Lindsay Boxer fica sabendo que 20 pacientes prestes a receber alta morreram de forma suspeita no conceituado Hospital Municipal de São Francisco, ela desconfia de que há algo errado. Será mera coincidência? Ou alguém anda tirando a vida de inocentes? 
O maior julgamento de São Francisco. Inconformados, os familiares das vítimas resolvem processar o hospital por negligência médica. Enquanto a cidade se prepara para um dos mais aguardados julgamentos de sua história, Lindsay e suas amigas do Clube das Mulheres contra o Crime têm um motivo pessoal para investigar o caso.
Não há tempo a perder. A nova integrante do grupo, Yuki Castellano, teme que sua mãe, internada na UTI do centro médico, não saia de lá com vida. Numa corrida contra o tempo, Lindsay e Yuki percebem que não são bem-vindas pela diretoria do hospital, que pode estar tentando salvar sua própria reputação.

Quando o autor estava em altíssima linha, comprei 2 livros mais famosos para conhecer. Logo de inicio li o Private, e a decepção foi tamanha que nem cheguei perto do segundo livro, 5 Cavaleiro. Por muito tempo não quis saber desse autor, até que olhando a estante decidi dar segunda chance ao mesmo. Vai que...
Sem chance, o livro é tão decepcionante quanto o primeiro! Sinto muito aos que aclamam o autor como ótimo e inovador.
O típico ação policial tenta acontecer. Existe um grupo de mulheres que se conhecem de outras histórias, e se envolvem por meios diversos a um caso de assassinatos em um determinado hospital, onde pacientes com pequenos problemas ou até mesmo recuperados, morrem sem maiores explicação. A história se desenvolve nesse cenário, onde cada uma conta sua visão do caso, sendo investigadora, advogada, jornalista, médica de autópsia. Também surge na trama sequencia de assassinatos de jovens em trajes finos e de gala. Até que o fim chega. 
O nome do livro com a história, é explicado em uma pequena frase no final do livro, para mim ficou sem sentido. Narrativa rápida, simples e sem quebra-cabeça, além de não conter nenhum suspense. A impressão é que o autor estava com pressa de terminar logo, contando uma história qualquer, onde esqueceu de mencionar os pontos que para mim (leitor) é muito importante, como por exemplo: o motivo que levou os assassinos a cometerem tal atitude e como os investigadores descobriram os assassinos.
Nesse momento não penso em terceira chance para o autor, mesmo que pesquisando sobre ele, li algo sobre ele não escrever seus livros, e sim colocar somente o enredo e sua colaboradora o desenvolver. Achei isso péssimo!

Dearly, Beloved - Lia Habel



Dearly, Beloved 
Lia Havel
Id Editora - Moderna
2013
512 pag.

SinopseNora Dearly e Bram Griswold apaixonaram-se, mesmo que isso parecesse algo impossível de acontecer entre uma garota cheia de vida, neovitoriana, de 17 anos e um soldado punk morto, que voltou a viver como zumbi. Como ele, o pai de Nora, Doutor Dearly, também se tornou um zumbi e dedica seus dias às pesquisas médicas – chegou a criar a vacina capaz de agir contra a Lazarus, a terrível doença que reanimava os mortos e os transformava em zumbis. Mas a notícia de que uma cepa diferente da Laz havia surgido deixou todos muito preocupados. Principalmente porque essa nova forma da doença era ainda mais assustadora, criando um tipo de zumbi insano e bastante violento. Estariam eles de volta à estaca zero? Haveria mais um Cerco? Os mortos seriam caçados novamente? Neste segundo volume da série, a insegurança e o medo voltam a dominar a cidade de Nova Londres e a ameaçar a convivência pacífica entre todos. E, uma pessoa em especial vai aproveitar esse clima de guerra e fará de tudo para destruir o amor entre Nora e Bram. Será que vai conseguir?


Mais uma vez começo a ler um livro pela capa, belíssima, romântica e sem ler a sinopse comprei. Ao iniciar a leitura, sem pesquisar antes sobre o livro, percebi que é uma série, pois é, e esse é a continuação, ou seja, é o segundo. Decidi ler assim mesmo, e ver no que ia dar, eis que foi bem tranquilo. Para mim que não li o primeiro livro da série, consegui entender perfeitamente o que aconteceu no livro anterior, acompanhar a sequencia da história, e afirmar que é um romance clássico juvenil.
O casal Bram e Nora são os fofos da vez, sintonizados em tudo o que fazem, ele um zumbi e ela uma adolescente que enfrenta a sociedade para ficar com seu amor. Enfrentam com seus amigos uma cepa que transforma humanos em zumbis, e nesse segundo livro, o tipo de cepa é diferente da que eles lutaram contra no primeiro livro, sofreu uma mutação. 
O livro inicia sua narrativa com a teórica tranquilidade, com zumbis e humanos vivendo na mesma sociedade, apesar dos preconceitos gerados no acontecimento do Cerco no primeiro volume. Contudo, há tensão devido a vacina descoberta no livro anterior estar com resultados não satisfatórios, deixando os "mordidos" violentos (isso acontece por causa da mutação da cepa original) e a população passa a se sentir ameaçada e a perseguir os zumbis e as famílias que tem zumbis em casa.
Nesse contexto, surge um grupo de humanos mascarados e anônimos que persegue, tortura e mata zumbis. Há um grupo de zumbis rebeldes, que vivem a margem da sociedade que se sente prejudicados com o preconceito e descaso do governo. Aparece também o paciente 1 da cepa com mutação, e tanto o grupo pacífico como o grupo rebelde, estão atrás dele. 
E é nesse cenário que o livro se desenvolve em suas 500 páginas, contando as histórias dos personagens, seu passado e o porquê de suas atitudes atuais. Narrativa em primeira pessoa, diversificando os personagens que a descrevem, o que permite ao leitor visualizar a história como um todo, entender todos os cenários e envolvidos na trama.
Boa leitura !!!!